Dom, 24 de Abril de 2011
A Cooperacre, maior cooperativa de produtos extrativistas do Estado, quer exportar polpa de açaí para o Peru. A negociação foi mediada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio. A empresa peruana “Q. Holding” experimenta o açaí como produto de importação por ser uma fruta com grande aceitação em diversos mercados mundiais, sobretudo entre os jovens.
A Cooperacre, maior cooperativa de produtos extrativistas do Estado, quer exportar polpa de açaí para o Peru. A negociação foi mediada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio. A empresa peruana “Q. Holding” experimenta o açaí como produto de importação por ser uma fruta com grande aceitação em diversos mercados mundiais, sobretudo entre os jovens.

“É possível que estendamos nossa comercialização para outras frutas”, anuncia o economista Augusto Larco, um dos três sócios da empresa peruana. “Mas, por enquanto, vamos tentar o açaí, que tem aceitação garantida”. O público alvo da “Q. Holding” são os jovens praticantes de esportes radicais, como o “surf”, e a rede gastronômica peruana que tem se revelado promissora em todo mundo. O açaí é insumo para diversos pratos da culinária peruana com motivação amazônida.
Outras frutas com potencial de consumo no mercado peruano são a goiaba, cajá, cupuaçu e o caju.
A Cooperacre tem capacidade operacional para exportar até duas toneladas de polpa de açaí por mês. Atualmente, a despolpadora utilizada pela cooperativa está localizada no pólo agrícola Geraldo Mesquita, reativado pela Prefeitura de Rio Branco. A estrutura das instalações estava completamente abandonada há seis anos.
Por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, também reativada na atual gestão, a prefeitura tornou possível o aquecimento do mercado de frutas em polpa. “As conversas com a empresa peruana já acontecem há mais de um ano”, relata o gerente da Cooperacre, Manoel Monteiro. “Agora, foram reunidas as condições ideais para que a comercialização se concretizasse”.

Os peruanos Augusto Larco e Stephanie Risso
Ásia não está descartadaO mercado asiático não está descartado para o açaí acreano. Stephanie Valle Risso é sócia de Augusto Larco na “Q. Holding”. Ela destaca que um dos entraves à comercialização é o rigor da legislação sanitária para importar produtos alimentícios. Mas adianta: “Nossa prioridade é comercializar para o Peru”.
A aceitação do produto acreano no Peru supera uma dificuldade de ordem geográfica. “É muito mais fácil vender para o Peru do que para qualquer região do Brasil”, assegura Manoel Monteiro, da Cooperacre.
O Estado brasileiro referência na comercialização de polpa de açaí é o Pará. Mas, os integrantes da “Q. Holding” escolheram o Acre para efetivar os negócios pelo arranjo produtivo local com produto de boa qualidade aliado à extração em base de trabalho familiar.
Fonte: A Gazeta